O Balanço.

O Balanço.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Busca excessiva por preço baixo desqualifica o produto/serviço

Por Gilmar Duarte (artigo enviado por e-mail pelo autor em 17.08.2015)
"Até que ponto vale a pena o
baixo preço? Você quer ter como
diferencial o baixo preço ou
qualidade? Por qual dos dois
você quer ser lembrado?"
(HEINZEN, Franciele)
Os clientes desejam serviços com preços baixos, mas desconfiam quando o valor extrapola a razoabilidade. Auxilie o seu cliente a desvendar o que está obscuro.
Nessa semana recebi e-mail de um leitor de Curitiba que compartilhou a dificuldade em prestar bons serviços de contabilidade quando há concorrentes que oferecem serviços a preços baixíssimos. Um, especificamente. Trata-se de um empresário contábil que possui escritório virtual em diversas cidades do Brasil. Ele informou o endereço do sítio eletrônico para comprovar e eu pude confirmar o fato.
Sim, o valor é muito baixo! Lembra daqueles contadores da sua região que pouco oferecem e cobram 30% do valor justo para prestar um serviço de qualidade?  No caso informado pelo leitor, a cobrança é menor ainda. Provavelmente você deve estar pensando que é impossível, além de significar a falência em pouco tempo.
Tive o cuidado de analisar a proposta do colega virtual com calma, inclusive fiz o cadastro como se estivesse interessado no trabalho. Constatei que o valor mais baixo, o que é amplamente divulgado por eles, serve apenas às empresas prestadoras de serviços sem funcionários.
É importante destacar que o escritório virtual não oferece os serviços básicos prestados pelos verdadeiros escritórios de contabilidade – melhor seria dizer Empresas Contábeis -, tais como:
  • Atendimento presencial para sanar dúvidas;
  • Importação de notas fiscais de compras e vendas;
  • Importação do extrato bancário;
  • Classificação dos gastos descritos nos extratos bancários e
  • Visita aos órgãos públicos para sanar problemas.
A prática de preços módicos não impede o lucro do empresário virtual, que efetivamente se propõe a executar ínfimas tarefas. Conforme pode ser analisado acima, é responsabilidade do cliente a maior parte de todos os serviços.
Decerto que o escritório virtual terá clientes, mas somente aqueles despreocupados com a qualidade, desejosos de pagar quase nada (o que acaba sendo muito) pela quantidade de serviços oferecidos.
Quando desenvolveu o automóvel, Henry Ford criou a linha de produção a fim de ofertar produtos de qualidade a preços cada vez mais baixos. Ano após ano os preços eram menores, enquanto a qualidade, cada vez maior. Steve Jobs aplicou esta mesma metodologia com muito sucesso.
Se o nosso empresário virtual tentou copiar Ford e Jobs, é certo que se perdeu no caminho, pois esqueceu da qualidade e empurrou a responsabilidade da execução dos serviços aos clientes. Não acredito no sucesso desenvolvendo a atividade desta forma. Os clientes desejam preços mais baixos, mas não são leigos a ponto de não perceber a ausência dos serviços prestados.
Empresários contábeis, mostrem esta realidade aos clientes. Certamente preferirão um contador de verdade.
Gilmar Duarte é contador, diretor do Grupo Dygran, palestrante, autor dos livros “Honorários Contábeis” e “Como ganhar dinheiro na prestação de serviços” e membro da Copsec do Sescap/PR.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Como estudar, ler e escrever!


Por Olavo de Carvalho -  saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. 

Mais Sobre Ele:  http://www.olavodecarvalho.org/